Vamos estudar, de imediato, a Igreja Católica Apostólica Romana que Jesus Cristo fundou sobre os apóstolos.
A Igreja Católica não é uma invenção humana. Ela é um presente de Deus à humanidade. Ela vem de Deus por meio de Jesus Cristo, o Filho de Deus, enviado pelo Pai ao mundo para ensinar a todos os homens a viverem como Jesus viveu. Sua doutrina e suas obras estão contidas, sobretudo, no Novo Testamento. (Ler e estudar 1 Evangelho). O Cardeal Dom Vicente Scherer sabia de cor o Evangelho de São João.
Dentre os muitos discípulos que seguiam a Jesus Ele escolheu doze, chamados os Doze ou os apóstolos, que viveram com Ele (Mc 3,13-14) e foram as testemunhas oculares do seu jeito de viver, da sua pregação (ensinamentos), das suas obras, da sua condenação, da sua morte e da sua ressurreição.
Antes da sua morte Jesus reuniu os doze e perguntou-lhes: “Quem dizem as multidões que eu sou?” (Lc 9,18). Mas, Jesus perguntou aos apóstolos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9,20). Pedro responde: Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo. E Jesus disse a Pedro: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e as forças da morte (o poder do inferno) nunca poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado no céu e tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus (cf. Mt 16, 16-19). Jesus não funda a sua Igreja sem o Pai (ver At 12,1-11). O Pai vela pela Igreja de seu Filho. Tudo isso aconteceu antes da morte e da ressurreição de Jesus.
No dia da ressurreição apareceu-lhes e disse: “A paz esteja convosco... como o Pai me enviou assim também eu vos envio”. Soprou sobre eles dizendo: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20, 22). Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará a força para serdes minhas testemunhas... até os confins da terra” (At 1,8). Com as aparições, o Ressuscitado lhes abriu a inteligência para compreenderem as Escrituras, a morte e a ressurreição que pregariam a partir de Jerusalém a todas as nações. Disse-lhes: “Vós sois testemunhas disso” (Lc 24, 44-48).
Nas margens do lago de Tiberíades Jesus apareceu pela terceira vez e disse a Simão Pedro (diante dos outros seis discípulos que estavam com ele): “Apascenta as minhas ovelhas... Segue-me (Jo 21, 15-19). Assim, por 2 vezes (uma antes da morte e outra após a ressurreição), Pedro estava constituído por Jesus para apascentar os apóstolos e os discípulos confirmando-os no seguimento e na pregação. O conteúdo da pregação dos Apóstolos e seguidores era: Jesus está vivo e aquilo que Jesus tinha ensinado enquanto viveu com eles.
Jesus instituiu a sua Igreja sobre os apóstolos dando-lhes a missão que recebera do Pai: “Todo o poder me foi dado no céu e na terra; ide, pois, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei. Eis que estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mt 28, 16-20). Os doze, tendo Pedro à frente, pregaram em Jerusalém e por toda parte que Jesus está vivo. Foram fiéis ao ensino de Jesus, fundaram comunidades com as pessoas que acreditaram nesta grande Boa Nova: Jesus está vivo. Nelas escolheram homens e os constituíram seus sucessores. Orando por eles invocavam o Espírito Santo e lhes impunham as mãos consagrando-os como bispos, sacerdotes (Tito 1,5-9; 1 Tm 5,23; At 20,17.28; 2Tim 1,6) e diáconos. Aos bispos cabia a função de coordenar (episcopein = olhar sobre o todo) as Comunidades cristãs. Ainda hoje, como no tempo dos apóstolos (At 15), os bispos se reúnem em Concílio (ou Sínodo) para examinar as questões e o Papa (Pedro) levanta-se e orienta. Esta sucessão apostólica vem, portanto, de Cristo, a partir de Pedro e segue ininterrupta na Igreja que Jesus fundou (“minha Igreja!”) até os nossos dias. O Papa atual, Francisco, é o 266º sucessor de Pedro. A sucessão apostólica acontece, até hoje, sempre na Comunidade cristã que se reúne em oração, presidida pelo Papa, que incorpora ao colégio apostólico um novo bispo quando a necessidade pastoral assim o exige (At 1, 12-26). Nenhum bispo pode, por sua conta, constituir seu sucessor ou ordenar um outro bispo. Sempre o novo bispo é nomeado pelo Papa e ordenado bispo por 3 bispos consagrantes. Para consagrá-lo os 3 bispos devem apresentar à Comunidade o documento papal de nomeação. Os bispos, por sua vez, (tendo ouvido o seu Conselho dos Formadores ou do Conselho Presbiteral) escolhem e ordenam os presbíteros e os diáconos na sua diocese, devidamente preparados por longos anos.
Os presbíteros e os diáconos, em comunhão com o seu bispo, escolhem e instituem nas comunidades paroquiais os ministros leigos (os catequistas, os ministros extraordinários da Eucaristia, da Palavra, da saúde...) que, por sua vez, ajudam no serviço ao povo de Deus naquelas Comunidades.
Quem conduz a Igreja de Cristo é o Espírito Santo. O Papa Bento XVI disse: “O dono da Igreja de Cristo é o Espírito Santo e não o Papa”. (Por isso, cansado, idoso e sem forças físicas para conduzir a Igreja de Cristo entrega a função de Papa e pede aos Cardeais que elejam um novo Papa, mais jovem, capaz de corresponder ao cargo papal).
Por tudo isso, podemos afirmar que a Igreja Católica Apostólica Romana é a Igreja que Jesus Cristo fundou. Nós fomos batizados em Cristo e somos esta Igreja de Jesus presente e viva aqui em Ivoti. Queres ser esta Igreja de Cristo? Então, segue-Me, diz o Senhor (a Pedro) e a cada um de nós.