As condições para fazer uma boa confissão.

Costuma-se mencionar cinco condições para recebermos dignamente o sacramento da Penitência:

 

·         O exame da nossa consciência

·         A contrição pelos nossos pecados

·         O firme propósito de não pecar daí por diante

·         A confissão dos nossos pecados ao sacerdote

·         O cumprimento da penitência que o confessor nos deu. 

O exame de consciência é o esforço sincero para recordar todos os pecados cometidos depois da última confissão. Deve ser uma preparação pausada e cuidadosa feita à luz da Palavra de Deus repassando os mandamentos da lei de Deus e da Igreja, os deveres particulares de estado aplicados à nossa pessoa. Buscar diante de Deus, diante dos outros e diante de si mesmo as falhas, as faltas, os pecados, sobretudo se graves ou mortais, A confissão se torna muito frutífera se buscamos também nossos pecados veniais.

Para haver pecado mortal são necessárias 3 condições: matéria grave, pleno conhecimento e pleno consentimento (CIC 1857-1861).

Antes do exame de consciência é preciso assegurarmo-nos de que temos dor sincera dos nossos pecados.

A contrição pelos nossos pecados. Contrição deriva do latim e quer dizer: triturar, moer, reduzir a pó, ou seja, apresentar-nos diante de Deus com profunda humildade. A contrição é um profundo pesar de coração e detestação do pecado cometido com o propósito de nunca mais cometê-lo. Entre os humanos deparamo-nos, às vezes, com pessoas rancorosas e vingativas que nunca nos perdoam um insulto por mais que nos doa o mal cometido e nos desculpemos. Deus não é assim. Porque perdoa tudo se o pecador tem verdadeira contrição. A contrição pode ser perfeita e imperfeita. A diferença está nos motivos, nos “porquês” do nosso arrependimento.

A contrição perfeita é a dor dos pecados que nasce de um perfeito amor a Deus, infinitamente bom e merecedor da nossa lealdade absoluta. Esta contrição perdoa as faltas veniais e obtém o perdão dos pecados mortais imediatamente se unida à firme resolução de recorrer logo que possível à confissão sacramental (n. 1452 do CIC). Um exemplo: Santa Branca, mãe de São Luís (rei da França) disse-lhe certa vez: “Prefiro ver-te morto aos meus pés a ver-te cometer um só pecado mortal!” Ninguém duvida do amor materno ao filho, mas o amor a Deus estava acima do próprio filho. A contrição perfeita até nos permite comungar se não tivermos a ocasião da confissão. Porém não podemos comungar novamente sem ter confessado. “Aquele que tem consciência de ter cometido um pecado mortal, não deve receber a sagrada Comunhão, mesmo que tenha uma grande contrição, sem ter previamente recebido a absolvição sacramental, a não ser que tenha um motivo grave para comungar e não lhe seja possível encontrar-se com um confessor” (n. 1457).

A contrição imperfeita. A confissão imperfeita é também um dom de Deus. Nasce da consideração da fealdade do pecado ou do temor da condenação eterna e de outras penas das quais o pecador está ameaçado (contrição por temor). Por si mesma ela não obtém o perdão dos pecados graves, mas apenas dispõe para obtê-lo no sacramento da Penitência. O nosso temor a Deus deve ser como o de uma criança para com o pai amoroso e não como o de um escravo diante do capataz severo.

O firme propósito. Ambas as espécies de contrição (perfeita e imperfeita) devem incluir evidentemente o firme propósito de não pecar mais daí pra frente. É óbvio que não está contrito aquele que continua disposto a cometer o mesmo pecado. Neste firme propósito devemos incluir os pecados mortais e veniais mesmo os que não confessamos (por não tê-los lembrado).

A confissão dos pecados. A acusação espontânea e explícita dos pecados feita ao sacerdote constitui uma parte essencial deste Sacramento. A fórmula adequada para a confissão: começar com a saudação: (p. ex.: Viva Cristo!) e o sinal da cruz, e, depois de ter recebido a bênção do sacerdote, mencionar o tempo transcorrido desde a última confissão e terminar a confissão incluindo todos os pecados da vida passada. O penitente deve enumerar todos os pecados mortais mesmo que sejam secretos (9º e 10º mandamento). Nosso Senhor ao instituir este sacramento quis que ele fosse também um ato de penitência, um ato de humildade, sem, contudo, tornar-se um peso para o penitente. Uma pessoa gravemente doente ou um grupo numeroso de soldados antes de uma batalha eminente, ou os passageiros de um avião em queda podem receber o sacramento da Penitência manifestando que pecaram e que estão arrependidos. Devem, porém, acusá-los na próxima confissão.  Se alguém participa de uma confissão coletiva comunitária e não acusar estes pecados mortais na próxima confissão eles não são perdoados. Teria feito um ato inválido. Portanto, em caso de grave necessidade pode-se recorrer à celebração comunitária da reconciliação com confissão e absolvição gerais. A absolvição geral é possível em perigo eminente de morte ou quando há muitos penitentes que não podem ser atendidos por falta de confessores. Neste caso com o consentimento expresso do bispo diocesano.

O que torna má ou sacrílega uma confissão é o fato de omitir consciente e deliberadamente a manifestação de um ou mais pecados mortais.

O sigilo sacramental. O sacerdote jamais e por motivo nenhum pode revelar o que lhe foi dito em confissão. O penitente é o único que pode dispensar o sacerdote deste sigilo. Este sigilo também deve ser guardado pelo leigo que, por acaso, tenha ouvido um pecado que o penitente estava acusando ao confessor.

A absolvição. Se o confessor não compreendeu o que o penitente disse ou se o confessor percebe que deve ajudar ao penitente com afeto e toda compreensão, far-lhe-á algumas perguntas de esclarecimento para que a matéria da confissão fique clara ao penitente e a confissão seja válida. A seguir, o confessor dá a penitência ao penitente. Esta tem o objetivo de ser um sinal de desagravo, de louvor e de agradecimento porque o Senhor Deus usou de misericórdia para com o penitente absolvendo-o de todos os pecados que acusou e dos quais está arrependido. Assim estabelece-se entre o penitente e Deus um novo e feliz relacionamento que fortalece a vida cristã.

Por último, o confessor solicitará ao penitente rezar o ato de contrição e, a seguir, estendendo a mão, traça sobre o penitente o sinal da cruz (na qual Cristo morreu para o perdão dos nossos pecados) dizendo: “Deus, Pai de misericórdia, que pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Amém, responde o penitente e o sacerdote acrescenta: Vai em paz!

O cumprimento da penitência. Saindo do confessionário convém que o penitente se recolha no banco da igreja e cumpra a penitência da confissão.

Concluindo:

Toda a força da celebração deste Sacramento reside no fato de ela nos reconstituir na vida da graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade. A finalidade e o efeito deste Sacramento é a reconciliação com Deus. Faz-nos usufruir da paz e da tranquilidade de consciência, acompanhada de uma intensa consolação espiritual, uma verdadeira ressurreição espiritual e uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, ou seja, a amizade com Deus e com a Igreja (nr. 1468).

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