A virtude da penitência nos leva a detestar os nossos pecados, ao propósito de não ofender a Deus e de desagravá-lo porque O ofendemos.

Neste sentido, o termo “penitência” é sinônimo de “arrependimento”. Antes de Cristo, a virtude da penitência era o único meio pelo qual os homens podiam alcançar o perdão dos seus pecados. Mesmo hoje, para os que estão fora da Igreja e são de boa fé e não dispõem deste sacramento, a virtude da penitência é o único meio para alcançar o perdão dos pecados.

            Além de a penitência ser uma virtude, ela é para os cristãos um Sacramento, instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do batismo. “É o sacramento pelo qual o sacerdote, como instrumento vivo de Deus, perdoa os pecados quando o pecador está sinceramente arrependido, diz as suas faltas em confissão ao sacerdote e se submete à satisfação (ou penas) que o sacerdote lhe impõe”.

            Jesus, com sua morte na cruz, redimiu o homem do pecado e das consequências do pecado (a morte-separação-eterna). Não é, pois, de surpreender que Jesus tenha instituído no mesmo dia em que ressuscitou, o sacramento pelo qual os pecados podem ser perdoados. “Ao anoitecer daquele dia, o 1º dia da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles”. Disse: “A paz esteja convosco”. Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. Jesus disse de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio”. Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados serão perdoados, a quem os retiverdes, ficarão retidos” (Jo 20, 19-23).

Na verdade, o que Jesus disse foi: “Como Deus, tenho o poder de perdoar os pecados. Agora vos transmito o uso desse poder. Sereis meus representantes. Quaisquer pecados que perdoardes, Eu os perdoarei. Quais quer pecados que não perdoardes, Eu não os perdoarei”. Jesus sabia muito bem que cometeríamos pecados até graves depois do nosso batismo, assim perderíamos a vida divina que nos foi dado no batismo. Sendo infinita e inesgotável a misericórdia de Deus, era inevitável que Ele desse uma segunda oportunidade (uma terceira, uma quarta, uma centésima...) aos que recaíssem no pecado.

Todos sabemos, que com a morte dos Apóstolos não se interrompeu o poder que Jesus lhes deu de perdoar os pecados e os demais poderes que tinham recebido. Jesus não veio ao mundo para salvar os poucos que conheceu, os conterrâneos Dele e dos apóstolos. Veio para salvar a todos os homens que quisessem salvar-se até o fim dos tempos. Quando morria na cruz tinha-nos presentes, a você e a mim, como ao Juca e a Jaqueline.

O poder de perdoar é parte do poder sacerdotal e, portanto, tinha que se transmitir de geração em geração por meio do sacramento da Ordem. É um poder que cada sacerdote exerce quando estende as mãos sobre o pecador contrito e diz: “Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. Esta é a fórmula da absolvição.

Para alguns iniciantes pode parecer que o sacramento da Penitência seja uma carga. Mas, não há dúvida que quem o pratica possui momentos de profunda serenidade, preza-o muitíssimo e não quer passar sem ele. Basta pensar um pouco em tudo que o sacramento da Penitência faz por nós.

Em primeiro lugar, se uma pessoa se separa de Deus por um ato grave e deliberativo de desobediência e de desamor (por um pecado mortal), o sacramento da Penitência reconcilia esta pessoa com Deus. A vida divina retorna a esta pessoa e os pecados são perdoados. Do mesmo modo, como a escuridão desaparece de um quarto mal se acende uma luz, o pecado desaparece e chega a vida, a graça divina.

“Toda a força do sacramento da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade”. O fim e o efeito deste Sacramento é a nossa reconciliação com Deus. Para aqueles que recebem o Sacramento da Penitência com o coração contrito e a disposição religiosa, este sacramento “é seguido da paz e da tranquilidade de consciência, acompanhadas de uma grande consolação espiritual (C. de Trento, DS 1674).

Se alguém vai confessar-se sem ter cometido um pecado mortal, nem por isso nem por isso o sacramento é recebido em vão. A confissão é sempre um incremento de graça santificante, ou seja, aprofunda-se e se fortalece a participação de vida divina em nós. A confissão perdoa todos os pecados que o penitente tenha cometido e dos quais esteja arrependido. Os pecados veniais dificultam a vida divina em nós como as nuvens dificultam a irradiação solar.

Um outro efeito deste sacramento é o de eliminar o perigo do desastre eterno de separar-se definitiva e totalmente de Deus, o que é um inferno porque fomos feitos para podermos amar a Deus, o que nos realizará plena e eternamente.

Ao mesmo tempo que perdoa o castigo eterno causado pelo pecado mortal, este sacramento perdoa também boa parte da pena temporal devida pelo pecado mortal que causou estragos. Trata-se de consertar estes estragos. Um exemplo: um rapaz entra num momento de ira e dá um pontapé numa mesinha, derrubando e quebrando um objeto de cerâmica. “Sinto muito, mamãe, diz ele, arrependido. Não deveria ter feito”. Bem, diz a mãe, se você está arrependido, não o castigarei. Mas, terá que recolher os pedaços quebrados, e, além disso, espero que compre um objeto novo com o seu dinheiro”. A mãe perdoa a desobediência e absolve o filho do castigo, mas espera que ele ofereça uma satisfação pela sua rebeldia.

Outro efeito do sacramento da Penitência é devolver-nos os méritos das boas obras que tenhamos feito e se tenham perdido pelo pecado mortal. O pecado mortal cancela todos os méritos acumulados (pelas ações, orações, missas e sacramentos). Este sacramento não só perdoa os nossos pecados como nos devolve também os méritos que tínhamos perdido por termos rompido nossa vida de graça.

Finalmente a graça sacramental deste Sacramento nos ama e nos fortalece na vida espiritual. Quem deseja uma vida interior verdadeira confessa-se com frequência porque a confissão é uma das melhores defesas contra o pecado.

Todos os efeitos do sacramento da Penitência – a restauração ou o aumento da vida divina, o perdão dos pecados, a remissão da pena, a devolução do mérito e a força para vencer as tentações são possíveis, graças ao infinitos méritos alcançados por Jesus Cristo, quando na cruz ofereceu sua vida ao Pai por nós.

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