O amor de Deus está claro. Ama a cada um de nós incondicionalmente e eternamente.

Fez-nos livres, capazes de fazer o bem e o mal. Quando nos isolamos do amor de Deus entra em nós o amor próprio que nos separa e nos afasta para longe de Deus. O pecado é como um muro que nós mesmos erguemos para separar-nos de Deus; é como um abismo intransponível que nos mantém afastados da fonte da paz, do amor e da vida. Sem Deus ou longe Dele vivemos insatisfeitos, nervosos, inseguros e experimentamos um certo desespero, sobretudo diante da morte. Fomos feitos livres e, por isso, podemos viver sem deixar-nos conduzir por Deus; podemos caminhar com as próprias ideias e forças e construir a nossa vida sem Deus, longe de Deus e até contra Deus. Podemos achar que somos autônomos, independentes recusando a dependência de Deus: não preciso de Deus e nem da sua religião. Cuidem bem: somos tão dependentes que não somos (fomos) capazes de nos fazer a nós mesmos. Em vez de adorar a Deus, o homem é capaz de adorar outros ídolos, as coisas deste mundo, as obras de suas mãos, de adorar a si mesmo. Como consequência, entraram no mundo o medo, a vergonha, o ódio, a violência e a morte. Sem Deus instala-se no homem um conflito entre o bem e o mal; descobre-se inclinado ao mal e se sente preso e acorrentado. O pecado (afastamento de Deus) gera muitas e graves consequências na pessoa e nas relações com os outros.

 

            De tudo isso Deus não é o responsável, Deus nem quer isso e nem o ordena. O responsável, na verdade, é o homem que, afastando-se de Deus, provoca a desordem, o desequilíbrio, a doença e a morte.

            O homem busca e pretende achar soluções para os problemas (que criou!) na sua ciência, na sua inteligência confiando apenas em suas próprias forças. Estas soluções normalmente são enganosas e falsas como, por exemplo: o dinheiro fácil, o álcool, a violência, o sexo, a feitiçaria, o curandeirismo... Contudo, nada satisfaz plenamente.

 

Jesus, a solução de Deus

            Para tudo o que foi dito acima somente Deus tem a solução. E Ele já a deu. A única verdadeira, a definitiva, a única integral: é Jesus. Por Jesus e em Jesus o Pai nos deu a salvação. “Não existe outro Nome pelo qual podemos encontrar a salvação” (Hb 4,12).

            O Pai nos ama tanto que enviou seu Filho para dar-nos uma vida nova: “Tanto Deus amou o mundo que deu seu Filho único, para que aquele que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condená-Lo, mas sim para que o mundo encontre salvação por meio Dele” (Jo 3,16-17). A prova de que Deus nos ama é que Jesus Cristo morreu por nós quando éramos ainda pecadores” (Rm 5,8).

            Nós mesmos não podemos tirar o muro, não podemos fazer as nossas pontes. A justificação vem somente pela fé na obra salvífica já consumada por Jesus.

            Pela sua encarnação, morte e ressurreição Jesus une o céu e a terra e Deus com os homens. Toda a vida de Jesus e cada um de seus atos realizaram a salvação. Jesus, o Messias, Senhor e Salvador, morreu na cruz por ti, pagou com isso tudo o que devias, derramou seu sangue para pagar teus pecados e como preço da tua redenção, ali mesmo, na cruz, foste crucificado e juntamente com Ele morreu teu homem velho, teu pecado. Ali, na cruz, Jesus te reconciliou com o Pai e selou sua nova Aliança... Jesus ressuscitou para que tivéssemos vida nova. A salvação é obra realizada e consumada por Jesus, creiamos nela de todo o coração, confessemos ela com nossa boca, agradeçamo-la e façamo-la nossa. Jesus ressuscitou para que tu sejas uma criatura nova, reconciliada e esperançosa, pois, Deus é fiel e ama os seus.