Voltar para junto de Deus. Abandonar o jeito de viver que afasta de Deus. Mudar tudo o que separa de Deus. Colocar Deus em primeiro lugar na vida. Primeiramente deve acontecer uma mudança interior na qual decido ser de Deus. A seguir vem a mudança exterior da vida, das atitudes e das obras (analisar a parábola do Pai misericordioso e os seus dois filhos, em Lc 15,11-32).

 

      A mudança interior deve ser total (arrependimento, transformação profunda do coração e da mente, conversão da consciência pessoal). A mudança interior deve modificar, pela força da Palavra e do amor de Deus, os critérios de julgar, os valores, os centros de interesse, as linhas de pensamento, os modelos de vida. Seguirei e viverei os ensinamentos de Jesus Cristo. Eu e minha família serviremos ao Senhor! Este é um bom propósito.

      Cada um deve analisar a sua situação atual, olhando-a à luz do Evangelho, e descobrir que coisas e atitudes concretas deve deixar ou cortar para sair do desamor de Deus, da tibieza, da mediocridade ao fervor; do individualismo à vida comunitária, do serviço aos outros, de uma entrega frouxa para uma entrega firme, plena e total.

a)      abandonar o pecado: O pecado é um “não” a Deus e ao seu amor; é negar a luz e querer realizar-se sem Deus, longe Dele. Encontramos o pecado no pensamento e nos planos pessoais conscientemente promovidos e sustentados em palavras, em ações, em omissões, com conhecimento claro e livremente consentidos. As respostas às perguntas: Onde está meu pensamento? Onde gasto o meu tempo? Onde e em que gasto o meu dinheiro? revelam o nosso modo prático de ser e de agir na vida concreta do nosso modo de viver.

É diante de Deus que devemos reconhecer e situar nossos pecados reconhecendo-nos faltosos, pecadores, necessitados da solução dos nossos problemas (salvação!) que vem de Deus e arrepender-nos com sinceridade por termos recusado e ofendido a Deus. Confessar-se pecador diante de Deus e socorrer-se do sacramento da Reconciliação para que, em nome de Deus, o sacerdote nos diga que nossos pecados estão perdoados e mostrarmos sinais claros de arrependimento e vontade sincera de emendar-nos, cuidando sinceramente de corrigir e mudar nossos pensamentos e atos, de reparar os danos causados e de reconciliar-nos com os outros (mudar o nosso uso do pensamento, do tempo e do dinheiro!).

b)      Deixar de lado todo o ressentimento, ódio e rancores, porque impedem que se instale em nós o amor de Deus. Quando perdoamos, Deus cura as nossas feridas e nossas lembranças. Não nos é pedido que esqueçamos o acontecido, nem que aceitemos como bom e válido o fato injusto acontecido contra nós. É nos pedido, sim, o ato da vontade que aceita perdoar a pessoa que nos ofendeu e feriu.

c)      Afastar-nos das obras más que desagradam a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Deixar de lado de uma vez as idolatrias, como o ocultismo (querer conhecer o que está oculto!), as adivinhações, a astrologia, os horóscopos, a leitura das cartas, da mão, o espiritismo, o poder da magia, da bruxaria e da feitiçaria. Colocar a Deus, que nos ama, incondicionalmente e sempre, em primeiro lugar e acima de tudo.