1 – O Batismo

2 – A Eucaristia.

3 – A Crisma

4 – A Reconciliação – (ou Confissão).

5 – O matrimônio

6 – A Ordem

 

7 – A Unção dos Enfermos

 

1 – O Batismo é o sacramento do nascimento para a vida eterna. É um novo nascimento. Nele Deus nos adota como seus filhos, seus herdeiros, incorporados na Igreja de Jesus Cristo e feitos participantes da sua missão. Os batizados são a família (comunidade) de Deus aqui na terra. O batismo tem efeito eterno e nos capacita para sermos testemunhas do Senhor. É a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Nos regenera e perdoa todos os nossos pecados. A ordem de Jesus é: “Ide, fazei discípulos... e batizai a todos” (Mt 28,18). “Quem crer e for batizado será salvo”, escreve Marcos no seu Evangelho, “mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 16). Isto vale para quem ouviu a notícia do amor incondicional que Deus tem para com cada pessoa. Para quem nunca ouviu falar de Deus provavelmente não existe este tipo de condenação. O batismo se recebe uma só vez na vida.

2 – A Eucaristia. É o alimento para crescer no amor a Deus e ao próximo. Jesus lavou os pés aos discípulos e depois, levantando-se da mesa, tomou o pão e o cálice, rendeu graças, os abençoou e os deu aos discípulos dizendo: “Tomai e comei, tomai e bebei isto é o meu corpo, é o meu sangue que vos dou como alimento. Fazei isto em minha memória. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (cf. Lc 22, 14-20 e Jo 6, 56). “Se alguém comer deste pão viverá para sempre” (Jo 6, 51b).

A Palavra de Jesus (que gera o Espírito Santo) transforma o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Nós oferecemos e Ele com a sua Palavra transforma. Com Cristo nós oferecemos ao Pai o próprio Filho que por amor ofereceu sua vida por nós ao Pai. Na Santa Missa celebramos a nossa morte e a nossa ressurreição em Cristo (e com Ele), porque Nele fomos batizados.

A missa dominical é obrigatória para o cristão católico porque é o meio que Jesus nos deixou para alimentar a nossa fé, para testemunhar visivelmente (pela nossa presença) que cremos no amor de Deus (o único que salva!), para confirmar a fé do irmão presente e juntos louvarmos a Deus que, com a sua Palavra nos orienta para vivermos como suas testemunhas no meio do mundo. É um direito do cristão.

3 – A Crisma – Confere crescimento e aprofundamento no amor a Deus, recebido no batismo. Na crisma somos considerados adultos e responsáveis para atuarmos em nome de Cristo no meio do mundo como suas testemunhas. Cristo valoriza o Crismando e o faz seu representante dando-lhe o seu Espírito e a sua força (simbolizados nas palavras, na unção e na imposição das mãos) para organizar o mundo segundo a vontade de Deus. Os sinais deste sacramento são as palavras, a unção e a imposição das mãos. Este sacramento vincula-nos mais à Igreja de Cristo como suas testemunhas que professam, valentemente, a sua crença e o fazem em nome do Senhor em profunda comunhão com a Igreja. Cheios do Espírito Santo leem o mundo com os olhos de Deus. Recebe-se o Crisma do Bispo (ou seu delegado) e uma só vez na vida. Deus te ungiu com o seu Espírito Santo (At 10,38) e te tornas sacerdote, ministro e descendente do Senhor, diz o profeta Isaías.

4 – A Reconciliação – (ou Confissão). É o primeiro sacramento da cura. Todos podemos adoecer e necessitamos da cura. O pecado é a doença que nos afasta do amor de Deus. Todos somos pecadores, somos imperfeitos e, às vezes, teimosamente ofendemos a Deus e aos irmãos fazendo o contrário da proposta de Deus tão claramente exposta nos dez mandamentos. Isto bate na consciência, nos machuca e nos escondemos porque perdemos a liberdade. Quando confessamos (contamos) os nossos pecados ao sacerdote (ministro de Deus) ouvimos dele: Teus pecados estão perdoados. Vai em paz e não peques mais. Isto liberta as amarras do nosso coração. De Jesus ressuscitado os apóstolos ouviram: “Recebei o Espírito Santo. Se perdoardes os pecados dos homens, serão perdoados. Se não lhes perdoardes, não serão perdoados” (Jo 20, 23). Tem coisa mais clara e existe algo maior? A Igreja pede que confessemos ao menos uma vez por ano, por ocasião da Páscoa do Senhor. Vocês verão em uma próxima aula como se faz para fazer uma boa confissão.

5 – O matrimônio – “A aliança matrimonial pela qual o homem e a mulher constituem entre si um contrato para toda a vida, ordenado por sua própria índole natural para o bem dos cônjuges e para a procriação e a educação da prole. Esta aliança, que fazem entre si o homem e a mulher, foi elevada por Cristo à dignidade de sacramento entre batizados” (CIC 1601).

A comunidade íntima de vida e amor conjugal, fundada pelo Criador e prevista em leis próprias, estabelece-se sobre a aliança do matrimônio e torna-se um vínculo sagrado que não depende do arbítrio humano.

Deus criou o homem e a mulher por amor e os chamou ao amor, vocação fundamental para a vida e inata no ser humano. São imagem e semelhança de Deus quando se amam. Deus é puro amor e amor puro. Entre as pessoas casadas nem sempre é assim por causa das limitações e imperfeições de cada um. Mas, o verdadeiro amor é mais forte que a maior fraqueza humana.

O amor humano é bom, muito bom aos olhos do Criador, Deus o abençoa e deseja que seja fecundo. Não é bom que o homem (varão e mulher) esteja só. Vou fazer-lhe um (auxiliar) complemento que lhe corresponda (osso do osso e carne da carne). Os dois deixarão os pais e se unirão para serem uma só carne (vida).

Na sua pregação Jesus ensinou o sentido original da união do homem e da mulher. Repudiar a mulher era uma concessão por causa da dureza do coração, mas a união do homem e da mulher é indissolúvel. “O que Deus uniu o homem não separe” (Mt 19, 6).

Jesus elevou o matrimônio à dignidade de sacramento porque é símbolo da união que existe entre Ele e a sua Igreja. “Amai vosso esposo (a) como Cristo amou a Igreja; entregou-se a si mesmo por ela para santificá-la (Ef 5, 25-26).

O consentimento dos dois perante o ministro é a celebração do matrimônio. Os ministros deste sacramento são os noivos quando o realizam diante do ministro da Igreja que recebe o consentimento e em nome do Senhor e da sua Igreja os abençoa. Os noivos podem escolher um casal amigo, que vive uma vida exemplar na sua vida matrimonial, familiar e cristã, como padrinhos do casamento. O sacramento do matrimônio é considerado como sacramento do serviço porque coloca a vida à disposição do outro. A casa do casal deve ser uma Igreja doméstica. Antes do casamento é necessário fazer o processo matrimonial na paróquia da noiva ou do noivo.

6 – A Ordem – Na Igreja todos são chamados à santidade. Enquanto peregrinamos na terra vivemos em comunidade. Igreja é comunidade. Toda a comunidade tem uma organização (como um corpo humano) e, por isso, deve ter uma cabeça. O sacerdote é um homem chamado por Deus, escolhido dentre os demais, preparado para a função e consagrado pela ordenação sacerdotal que recebe do bispo quando este lhe impõe as mãos e sobre ele faz a oração da consagração diante da comunidade reunida. O sacerdote é ordenado para que, em nome de Cristo, e, em comunhão com o seu bispo, sirva ao povo de Deus conduzindo-o pela Palavra e pelos sacramentos, rumo à eternidade. O sacerdote é um ser mortal, cercado de fraqueza, como todos os homens. Por isso é capaz de compreender as pessoas em suas fraquezas. Possui, porém, o poder e a graça do sacerdócio de Cristo que o fortalece para ser no meio da comunidade cristã, aquele que ora está na frente, ora no meio e também atrás das pessoas (ovelhas) da comunidade para presidi-las com o ensino da Palavra de Deus, com a celebração dos Sacramentos e regê-la de tal modo que se santifiquem. Os sacerdotes são filhos de uma família. Ela, por causa da sua fé, deve rezar e incentivar a vocação sacerdotal. Este sacramento é o sacramento do serviço no qual um homem batizado coloca sua vida à disposição da Comunidade eclesial e não ao dispor de uma pessoa. Ele vive o celibato para estar sempre pronto para servir (sempre, livre de tudo e de todos, a qualquer hora, com todas as suas forças) àqueles que necessitam do auxílio de Deus. Assim, como o cônjuge se dedica integralmente ao outro cônjuge e à sua família, assim o sacerdote se dedica integralmente à Igreja, por amor ao Reino de Deus do qual é testemunha viva.

            O sacramento da Ordem inclui também a vocação diaconal. O diácono é um homem casado que é preparado para ser ordenado e auxiliar o bispo no ensino da doutrina cristã, na celebração da liturgia e no serviço da caridade. Sua primeira função, porém, é ser esposo e pai. O diácono não vive o celibato.

            O bispo é escolhido entre os sacerdotes e recebe na ordenação episcopal a função de ser um sucessor dos apóstolos a quem cabe o cuidado pastoral da porção do povo de Deus que lhe é confiada, por exemplo: a diocese de Novo Hamburgo que compreende todos os católicos e não católicos dentro dos limites.

7 – A Unção dos Enfermos – “Alguém de vós está enfermo: Chamai os presbíteros da Igreja para que orem por ele e o ungem com o óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo e o Senhor fará com que se levante, e se tiver cometido pecados, lhe serão perdoados” (Tg 5, 14-15).

            É o sacramento para aqueles cristãos que se aproximam do perigo da morte por algum acidente sofrido, ou por uma doença grave ou por idade avançada. Chama-se “unção” porque o doente é ungido com o óleo consagrado pelo bispo na 5ª feira santa. Tem por finalidade conferir uma graça especial ao cristão que enfrenta as dificuldades inerentes ao estado de enfermidade grave ou de velhice. É a presença de Cristo que se compadece do doente, cura-o, perdoa-lhe os pecados e o fortalece para a paixão, a morte na perspectiva da ressurreição. Disto (do sofrimento e da morte) Cristo tem experiência e não abandona os seus nestas horas consideradas difíceis. Pelo sacramento da Santa Unção, Cristo quer fazer-se presente junto ao que será ungido para fazê-lo participar da sua paixão, morte e ressurreição.

            Tenho a certeza de que quem vive os sacramentos, possui uma fé viva e se salva.

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